sexta-feira, 11 de julho de 2008

Colo

O cheiro da lama, da grama, na cama.
O velho cheiro do assoalho encerado
as portas amarelas sorringentes ao me ver

o vento gelado balanga, balanga lampião
o cobertor quadriculado vermelho-azul envergonhado
as chaves todas esquecidas atrás da cortina vinho barato

tudo mesmo como sempre fora
tudo assim meio nada sem graça

Aquele frio que aquece sabe?


Nem todos tem um colo para correr.
Nem todos tem um colo para sofrer
Mas todos encontram um colo de morrer.